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Com as mulheres agora representando mais da metade da força de trabalho dos EUA, talvez não seja surpresa que outra mudança sísmica esteja ocorrendo nos lares americanos: uma proporção cada vez maior de mulheres agora é a responsável pelo sustento da casa.
Cerca de metade das mulheres afirma ganhar mais do que seus maridos ou companheiros ou ganhar o mesmo, de acordo com uma nova pesquisa da TD Ameritrade. Isso marca uma rápida mudança em apenas algumas gerações, já que apenas 3,8% das mulheres ganhavam mais do que seus maridos em 1960, de acordo com o Pew Research Center.
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Para se ter certeza, isso significa que cerca de metade das mulheres americanas dizem que ganham menos do que seus parceiros. Com o Dia Internacional da Mulher comemorado em 8 de março, as Nações Unidas afirmam que nenhum país ainda alcançou a paridade de gênero. E a diferença salarial entre os gêneros nos EUA continua muito real, com o país ocupando a 53ª posição entre 153 países em termos de igualdade.
Entretanto, em um número cada vez maior de lares americanos, as mulheres agora ganham mais do que seus maridos e parceiros. Há muita emoção em relação a essa mudança, mas principalmente entre as mulheres, de acordo com o estudo da TD Ameritrade.
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Quando perguntaram a homens e mulheres como se sentiam em relação ao fato de ganharem mais do que seus parceiros, a maioria dos homens deu de ombros, dizendo que estavam “neutros” em relação a isso. No entanto, as mulheres que eram arrimo de família tinham muito mais probabilidade do que os homens de se descreverem como confiantes, orgulhosas, independentes e no controle, embora também tivessem mais probabilidade de dizer que se sentiam culpadas e envergonhadas.
O sentimento de orgulho é verdadeiro para Beth Shocki, 38 anos, que trabalha com publicidade e mora com o marido e duas filhas em Charlotte, Carolina do Norte. Shocki diz que ganha o dobro do que seu marido, um orientador de ensino médio, ganha.
“Há muitas emoções associadas a isso porque estamos acostumadas a ver o homem como o único provedor”, diz ela. Para ela, isso só se tornou evidente quando ela e o marido tiveram filhos, quando ela percebeu que nunca seria uma dona de casa como sua própria mãe.
“Foi a constatação de que eu era o provedor e que sempre estaria trabalhando”, acrescenta Shocki. Mas, ela ressalta, esse também é um papel fortalecedor que lhe permite dar o exemplo para suas filhas, que têm 2 e 4 anos.
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Mudança da geração do milênio
É provável que mais mulheres se tornem arrimo de família nos próximos anos, já que mais mulheres estão matriculadas na faculdade do que homens, diz Valiere Simpson, diretor administrativo de serviços para investidores da TD Ameritrade. Isso se deve ao fato de que os trabalhadores com diploma universitário normalmente ganham mais do que aqueles que possuem apenas o ensino médio.
Já existem mudanças geracionais claras, com as mulheres da geração do milênio quase duas vezes mais propensas do que as mulheres do baby boomer a ganhar o mesmo que seus parceiros, diz ela. No entanto, mais de uma em cada cinco mulheres da geração do milênio afirma ter atritos negativos em seu relacionamento porque o parceiro ganha mais, mas apenas uma em cada dez mulheres da geração boomers afirma que isso causa atritos.