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Com a alta dos casos de coronavírus, a necessidade de mais equipamentos médicos ultrapassa em muito a disponibilidade. Assim, os médicos podem ter de decidir quais pacientes, devem viver e quem deve morrer. Na Itália, os médicos já se veem forçados a fazer tais escolhas morais.
Muitos médicos estão preocupados em tomar decisões dolorosas sobre quem deverá ficar ou sair dos aparelhos que podem salvar vidas. Além da angústia moral dessa decisão, eles também destacam sua preocupação com possíveis ações judiciais que possam sofrer de um paciente e/ou os seus familiares.
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A necessidade de ter que tomar este tipo de decisão já está preocupando os médicos. Trata-se de um problema moral que pode implicar em ação judicial por parte do paciente e/ou familiares destes.
Confira os critérios usados pelos médicos na hora de salvar dívidas
Após o colapso em que entrou o sistema de saúde da Itália, A Sociedade Italiana de Anestesia, Analgesia, Reanimação e Terapia Intensiva (SIAARTI) publicou um documento que denominou de “recomendações éticas”. Ele é direcionado a médicos com orientações para a internamento de pessoas em UTI’s quando há disparidade entre o número de pacientes e o número de equipamentos disponíveis.
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Nesse tipo de situação, o profissional de saúde, muitas vezes, se vê em choque contra seus valores e crenças. Ou seja, os médicos terão que abrir mão daquilo que defendem, o que pode trazer traumas a esses profissionais.
Trata-se do mesmo tipo de situação que soldados enfrentam durante as guerras. Ou seja, quando os soldados quebram suas regras de conduta e moral. E, por conta disto, eles acabam tendo que matar civis e, até mesmo, não dar ajuda médica a um civil ou colega ferido.
Assim, o cenário que se desenha caso a taxa de infecção não diminua e a guerra contra o COVID-19 continue, os médicos estarão cada vez mais expostos a ter que tomar decisões assim. Além disso, essas decisões geram consequências tanto para os pacientes quanto para os médicos. Estes sofrerão as consequências em seu psicológico a longo prazo.
Talvez não dê para evitar esse tipo de decisão. Isso porque a situação causada pelo coronavírus só piora. Mas cada um de nós pode contribuir para que essa situação melhore. Ou seja, respeitando isolamento social, o isolamento social e as demais orientações dadas pelo Ministério da Saúde para evitar que o vírus se espalhe. Desta forma, ajudamos os profissionais de saúde a fazerem seu trabalho sem terem que tomar decisões drásticas que deixarão consequências nas famílias dos pacientes e neles mesmos.