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Em outras palavras, a geração do milênio (millennials) sofrerá o impacto dessa crise econômica, assim como aconteceu em 2008.
A Grande Recessão virou a economia de cabeça para baixo quando muitos deles entraram no mercado de trabalho pela primeira vez. A pandemia e o choque econômico resultante atingiram muitos que estão entrando na casa dos 30 anos e podem apagar todos os ganhos que obtiveram.
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Os millennials são uma geração historicamente complicada em comparação com todas as gerações que nos precederam desde tempos imemoriais. Mas também é verdade que há uma grande quantidade de literatura econômica que mostra que a graduação em uma recessão, como aconteceu com a geração do milênio em 2008 e 2009, é excepcionalmente ruim.
A palavra usada na literatura econômica é “histerese”, que basicamente implica apenas uma cicatriz. Portanto, você fica com essas cicatrizes no mercado de trabalho e elas levam muito tempo para cicatrizar. Se você se forma em uma recessão, por exemplo, isso leva a um alto índice de desemprego e a grandes perdas de renda na época, o que é de se esperar. E, depois, leva a trajetórias de ganhos mais baixos por décadas e até mesmo por toda a vida, o que talvez seja mais inesperado. Basicamente, isso significa que você não se recupera da mesma forma que as outras pessoas.
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Portanto, tudo isso significa que a geração do milênio não teve a mesma trajetória de riqueza em comparação com as gerações anteriores. E você pode ver isso quando compara a riqueza deles no mesmo ponto do ciclo de vida com as gerações anteriores… a geração do milênio só está piorando. E isso depois de uma década de crescimento econômico.
Em parte, trata-se apenas de um acidente de percurso, mas há também a realidade de que a geração do milênio foi lançada em uma economia que foi estruturada para produzir precariedade para eles. Então, obviamente, um grande fator é a Grande Recessão, que tirou dinheiro de seus bolsos e tornou as coisas muito mais difíceis para eles. O segundo é o custo de ir para a faculdade. A geração do milênio acumulou mais de meio trilhão de dólares em dívidas de empréstimos estudantis. Isso teve o efeito de diminuir seu salário líquido e dificultou muito a compra de casas, a abertura de empresas, a formação de famílias, o nascimento de filhos etc.
A geração do milênio foi excluída do mercado imobiliário, em parte devido a uma enorme crise imobiliária que não foi causada por eles, e isso aconteceu em um momento em que os preços estavam subindo. Assim, houve esse belo efeito de riqueza que realmente beneficiou as gerações mais velhas, especialmente os baby boomers, e os millennials tiveram que continuar alugando. E há uma diferença de oito pontos percentuais entre onde esperávamos que os millennials estivessem e onde eles estão em termos de propriedade de imóveis, portanto, esse é outro ponto importante.
