Cortes de empregos em bares e restaurantes pode chegar a 3 milhões

Cortes de empregos em bares e restaurantes pode chegar a 3 milhões

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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), estima que haverá cortes de empregos em bares e restaurantes brasileiros. A probabilidade é de que o corte será da ordem de 3 milhões de postos de trabalho nos próximos 30 a 40 dias. O faturamento do setor, que tem cerca de 6 milhões de postos de trabalho, caiu drasticamente. Assim, chega-se próximo de zero em alguns locais nos últimos dois dias. Isto então impede que os proprietários tenham recursos para honrar a folha de pagamento.

O isolamento social que se adota para evitar a propagação do coronavírus é especialmente prejudicial para os bares e restaurantes. Uma vez que a maior parte das empresas do segmento é de pequeno porte. Os proprietários preveem demissões de até 50% da força total de trabalho nos próximos dias. De acordo com a Abrasel, o faturamento do setor já caiu entre 30% e 70% com o advento da pandemia. 

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Cortes de empregos em bares e restaurantes
Fique ligado nos possíveis cortes de empregos em bares e restaurantes! (Foto: Free Images)

Entenda os cortes de empregos em bares e restaurantes!

Entre os protocolos de proteção para contenção do Covid-19, estão a que define o distanciamento entre mesas de no mínimo dois metros, em restaurantes ou bares e cafés. Com isso,  o empresários voltaram a associar as medidas de prevenção  ao prejuízo. Eles dizem que esta medida diminui o número de pessoas e já pode ser sentida no faturamento resultando em cortes de empregos do setor.

Paulo Solmucci, atual presidente-executivo da Abrasel teve uma reunião com o presidente da República Jair Bolsonaro para discutir o assunto, na última segunda-feira (16). Não obstante não haver comentado a respeito da pauta, Solmucci anunciou que o setor enfrentará uma temporada bastante difícil.

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Solmucci, declarou que os protocolos que o governo propõe federal são profícuas. Além disso,  saiu uma nota do  Ministério da Economia anunciando o adiamento, em três meses, do pagamento do Simples Nacional e do depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores que são de responsabilidade das  empresas. Ainda, o  Sistema “S” que tem sua contribuição específica contará com sua redução em 50%. Ademais, há a possibilidade de renegociamento de crédito  e facilitamento para aquisição de insumos do exterior.

O impacto da crise já é contabilizado

O setor já contabiliza os impactos da crise. Isto porque o fluxo de caixa dessas empresas não dura mais que alguns dias. Pois, se não tem receita em uma semana, não se consegue pagar contas na semana subsequente. A redução de clientes faz as receitas despencar. Quem conseguir reduzir os custos fixos e mantiver as despesas sob controle, vai conseguir sobreviver por mais tempo. Além disso,  estará preparado para quando essa turbulência passar. 

Apesar de ainda ter números exatos sobre os prejuízos, os proprietários temem fechar as portas. Isto porque em meio à crise, a recomendação da Abrasel aos bares e restaurantes é apostar nos pedidos por delivery.  Ademais conta-se que a modalidade  apresentará aumento de demanda nas próximas semanas. Dessa forma, minimiza-se o risco de cortes de empregos em bares e restaurantes.

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Autor Equipe Redação

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